Ps: Dança comigo 1 - Prólogo.

Aviso: será uma série de somente sete capítulos sobre Eliza. Advirto para suspense, sobrenatural e vou colocar uma faixa etária de 14 anos. Leia por livre e espontânea vontade. Mas antes veja a restrição. Boa leitura!





                                          Mas ele me alcançaria. Porém eu lutaria até o fim. Até a completa exaustão. O que de exaustão para cãibra faltava pouco. E ele se divertia em me assistir daquele modo. Sempre fora frio e rebelde. 
                Ele aferrou meu braço. Fim da linha. Eu iria gritar. Mas de nada ia adiantar. Portanto o fitei naqueles olhos cinzentos. Ninguém sequer o via. Somente eu. Nostalgia abateu quando o vi daquele modo, lábios firmes como os traços do rosto quadrado e pequeno e o corpo viril de rebeldia. Seus braços ainda eram fortes. Eu quase cair em deleite. Mas acordei no mesmo instante. Ele era mau. 
                - Me solta. Seu cretino.
                - O que vai fazer? Correr até se cansar? Veja, não tem saída. E você só irá acordar depois que me ouvir. 
                  Fiquei muda. Sem palavras. Havia se passado um bom tempo depois do acidente. E ali estava ele de novo.
                  - Você não deveria ter medo de mim. Não é dos mortos que deve sentir medo. Os vivos são bem mais perigosos.
                 E com aquela frase enigmática tudo ficou preto. 
                  E eu despertei martelando com aquilo na cabeça. Depois de um ano e meio. Depois do acidente. Vivenciei sonhos como este. Com Paulo Henrique. Meu ex namorado. Ele havia morrido como outras duas amigas. 
                 E eu via fantasmas. Mas não era algo em que se podia sentir orgulho.
                 Meus olhos arderam. Eu sabia. Saudade daqueles que se foram. Principalmente minha avó. Depois dela passei a ver coisas que não gostaria de presenciar.  
                   - Eliza. Respira fundo. Dança comigo?
                   Paulo Henrique estendeu a mão como um cavalheiro. Cavalheirismo este que nunca teve. Em igual modo na época em que namorávamos. Exatamente no colegial. No baile de formatura de conclusão do 3ª ano.
                 Um broto de pensamento se instalou em mim. Aquele sonho era proposital. Todavia, eu não me importava.  Retesei os ombros um pouco mais aliviada. Com aquela frase enigmática batucando na minha cabeça, eu dei-lhe a mão. Infringi um sorriso, relembrando os velhos tempos, obsoleta do restante. Nada importava. Eu dançava rodopiando com Paulo Henrique. Como uma segunda chance. Seu braço na minha cintura e minha mão no seu ombro. Ele fitava meus olhos. Havia brilho neles. E por um segundo os admirei meio tonta.
                        Quando deitei a cabeça no ombro dele, ainda remexendo os quadris, eu detive conhecimento. A vida não dava segundas chances.
                          De chances Paulo Henrique estava morto. E quanto a segundas, coisas horríveis estavam por vir.  
                              


4 Comentários

  1. que bom vir ao teu blog, que bom ler vc...
    Maurizio

    ResponderExcluir
  2. Li os dois capitulos rsrs empolgam, mas, parece que o 3 será ainda melhor!

    Bjxxx

    ResponderExcluir
  3. Como sempre, acompanhando...

    O blog 'tá' clean agora. Gostei, rs
    Ah, por falar nisso, eu reparei que o link do meu blog que esta na lista "GAROTAS(OS) DE ALL STAR", é o link antigo... Por que será?

    Beijos.:*

    ResponderExcluir