Nada é real. Nada é real. Tudo é irreal. Real do irreal. Das penas coloridas ao preto com branco. Do arco-iris à chuva de verão. Do beijo eterno para beijo de despedida. Despedida. Soerguida num mar de grama verde. Tatuada no coração do amor. Com um vestido dançante como o fogo que aquece os olhos. Os pios da aurora silenciados pelos arbustos densos das árvores frutíferas. Ébano? Que lugar de paraíso louco. Os dedos graúdos sentiam a textura das folhas verdes. O corpo maltratado pelos espinhos a prender em machucados da dor. A curiosidade incessante daquele santuário de paz. Como de repente uma música de valsa a tocar paralisa todo o resto. E em meio a clareira ele jazia lá. O chamado da mão, como principe dos contos de fadas, exigindo parceira de dança. Dança. Dança. Não sabia dançar. Ao menos de vê-lo era uma maneira de dançar. Seu sorriso era o ecoar da música. E do nada, quando ia repetir o efusivo de dentes a mostrar, tudo havia desaparecido. Acordar. Grogue. Despertar da fúria. Despertar do real. Para dormir novamente no imaginário.
Despertar para realidade. Adormecer de vida imaginária.


Nina estourava a garganta. Ela estourava. Gritava. Mas ninguém dava sinal de vida. Em sua casa havia o breu do silêncio.
 - Merda. - remexia Nina na bolsa de couro. Os dedos a lançar sem o metal achar. - Merda.
Ao xingar pela segunda vez, envolto de casas do subúrbio do Rio de Janeiro, gotas finas lambiam seu cabelo. Nina avistou o céu nublado. De escuridão sem sol, Nina, tremeu em expectativa sem estar de ficar envolvida na chuva.
 Chuva. Torrencial. Os Pingos chiaram no seu ouvido a cair na sua roupa. Encharcada. Balançou o portão de ferro. Numa tentativa trépida. De intacto continuou o portão. De sangue subir ao pescoço Nina estourou a raiva.
Mas não por muito tempo.
Gabriel havia meio fantasmagórico aparecido. Com um guarda-chuva. Sem salva-guarda , somente com o olhar nitidamente malicioso.
 - Então vai continuar aí na chuva?  Venha se acomchegar aqui comigo.
                                                                     - Prefiro pegar uma pneumonia a ficar ao seu lado. - disse ela ríspida.
                                                                     - Engraçado. - ponderou ele com o dedo nos lábios fingindo pensar. - As palavras costumam ter força.
                                                                        - Desde quando viraste Michel?
- Não me compare a ele - retrucou Gabriel da sua forma morosa.
- Uha. Ohu.
- Então lhe trancaram na rua? Que belo castigo.
Nina andou até ele. Gabriel esperou. Nina parou. Gabriel esperou.
  - Pare de me provocar. Ou...
 - Ou o que? Instigou ele chegando junto dela propositalmente. Já sei. Irá pedir para entrar na minha casa.


CONTINUA....


PS: Elevador 1ª parte.

 - Então, suspirou ele nem um pouco infeliz, parece que o destino conspira a nosso favor.
Depois da morte advém a luz. A luz. Ela se foi também.
 Dei um berro. Felipe começou a gargalhar zombeteiro. Em função disto, dei-lhe  um tapa na cabeça. Ele de imediato fincou mudo a buscar o interfone.
  A recepção de conversar anunciou que em breve tudo ficaria bem. De bem sentei à abraçar minhas pernas, sentindo cada latejar das têmporas e corpo inteiro. Tinha medo do escuro.

- Então você tem medo do escuro.  
- Fica distante de mim. Oh. Mané.
Ele havia se apropriado das minhas costas. Na verdade jazia tão rente ao meu rosto que, portanto, eu arquejava sua respiração quente. O escuro me fazia tremer. Ele me aquecia.
                                                                                     - Porque você não fica quieta? sussurrou ele deveras próximo.
                                                                                    Meu coração se assustou a cavalgar longe. Minhas mãos suavam como nunca. De igual modo ele tocou meu pescoço a morosamente acariciar. Ondas de arrepios pausaram meu estômago. De modo que minhas pernas lânguidas sofriam.
                                                                                      - Eu .. Acho... que preciso .. respirar. Quase gaguejei. 

                                                                                      Então. Quando as mãos que de mim pertenciam, inebriavam  o cabelo dele, a luz retornou. 
                                                                                       A luz havia voltado. De volta recobrei a mim mesma. Que    
era o que eu havia de estar fazendo? Estava ensandecida? 
                                                                                      Daquele modo o elevador de vida sacolejou a funcionar. Eu por outro lado me afastei de Felipe. Completamente atordoada. Ele, de ombros largos de ossudos, gingou diferente. Como se tivesse orgulhoso. 
                                                                                      De orgulho, mais um ponto para ele, ele havia novamente ganhado o jogo. Mas tudo iria mudar.
                                                                                    - Então. O que você fará mais tarde. Digo à noite - Indagou ele meio perdendo o fio da meada. 
                                                                                    - Nem tenta. Tenho um compromisso. - E sair do elevador marchando como um César. 
                                                                                      


Obs: Depois escrevo mais sobre o casal. Obrigado pelo carinho daqueles que gostam da minha estória.


 







Calmaria esta que me estimula a viver. Sempre. Sempre.
Contente. Talvez. Indiferença. Tanto faz. De quem sou? Não sei. Sorrisos tolos a exalar. Falsidade. 
 Morrendo por dentro. Verdade. Ilusão. Comprometimento. Saudade de tempos que se foi. Saudade. Idade.  Adolescência. Erros de outrora. Erros de hoje. Erros de sempre. Juventude. Ainda descobrindo o destrinchar. Criança. Inocência. Paciência. Respira fundo. Abordando as lágrimas. O vazio continua muito vivo. Aqui pulsa uma pedra. Pedra. Quebra todos os dias em bruto de ouro e prata. Quem me dera tudo fosse colorido. Ah! Bela infância. Nostalgia. Medos. Escuridão. Calor. Quente e frio. Beijo. O melhor dos dois mundos. Fantasmas. Seres loucos. Seres. Duas pessoas. Uma boa. E uma má. Duas pessoas. Ambas dentro de mim. Tenho medo. Apreensão. Do amanhã. As horas passam. Cadê você? Amor. Amor. Cura tudo. Mas não melhora nada. Nada. Eu sou um nada. Música. Reflexão. Oração. Meditar. Queridos que se vão. Novamente nostalgia. Sofrimento. Amor novamente. Prelúdio. Nem termino e nem fim. Impaciência. Surpresas. Milagres. Eu quero milagres. O que eu tenho? Sei lá. Cansei. Bati o pé. Não adianta. Chorei. Pulei. Busquei. Encontrei você. Mágico. Mágica.
  Minha vida.


Naia Mello.


Eu adentrei o elevador. Com pressa estava. Já atrasada se encontrava para a escola. Enquanto de vislumbre, fitando o grande espelho, sem foco passava as mãos sob os fios soltos do cabelo, alguém aperta o botão "G". Incrustei a raiva salientada sem estar na roupa branca do fardamento escolar.
 Era o Felipe. De imediato ele abrangeu seu famoso sorriso. Aquilo me irritava deveras. No entanto, de extasiar íamos somente ele e eu naquele bendito elevador cinza.
  - Deveria me manter calado, mas, você está sexy de branco e laranja.
   Com o rosto àspero de indignação do mundo imiscuida à um rubor maldito.
    - Então se cale. Sua voz me irrita. - Completei mau humorada.
     - Tudo bem.
      De súbito o elevador sacolejou e morreu no meio do nada.   A energia faltou. Suponho. De supor minha impaciência de manter ao lado daquele chato.
                                                                           - Então, suspirou ele nem um pouco infeliz, parece que o destino conspira a nosso favor.
                      
CONTINUA....


Em homenagem á todos que tem amigos de verdade. Desculpa pelo tamanho. Mas era algo que eu queria muito compartilhar com vocês. Sobre minha personagem Nina. 

   Quando de tudo e um pouco enervante de nublado, ela estava lá para me consolar. Quando o sol nascia comigo, ela jazia lá do meu lado. Quando as rugas eram veementes, ela estagnava ao meu lado; mesmo para apontar um dedo na ferida da verdade verdadeira dita.
     Minha amiga. Minha irmã. Minha prima.
      Esta sou eu Nina Nolasco. A garota de all star surrado. Cabelos enegrecidos sublinhados por óculos fundo de garrafa. E a desgovernada como um carro fora de foco em que vivia tropeçando  nas coisas.
     Esta sou eu Nina. Nolasco. Contudo, oblitera essa merda que eu disse lá em cima. Nunca fui de pieguices. No entanto, eu tenho uma grande amiga.
   De amiga, Ana, era ruiva salpicada de sardas e um corpo de tocar qualquer notas musicais. Ou seja, violão. Ou como queira.
  Certo dia, conversávamos à beira mar, no Rio de Janeiro com um grupo de "amigos" sinistros. Eu já havia discutido várias vezes com ela por tal "amizade". Mas ela toldava sua visão para algo bem mais sinistro.
                                                            Naquele dia, ela, inquieta como sempre foi e com olheiras emendadas de roxo sob os olhos, Ana que não era Ana continuou sendo Ana.
                                                            Não. Ela ainda não percrustou alterada. Mas o desassossego era grande. Como sua roupa, rotineiramente, preta de comprida a esconder os furos do corpo maltratado.
                                                            - Então Nina, não está afim de um? Ofereceu um dos grandes expelindo fumaça dantes de mim tragar meu cigarro.
                                                            - Não obrigada.
                                                             - Ana?
                                                             Ana de câmera lenta segurou com prazer a coisa. Eu apreensiva e por reflexo o joguei na calçada. Alguns traunsentes observavam. Eu continuei firme no meu próposito encarando Ana. Ana impaciente agachou a pegar seu tesouro. Os grandes de interesse irônico a vislumbrar. Eu apertei o pulso de Ana e a recobrei de si mesma.
                                                            - Não faça isso. Por mim.
                                                             - Me solta. Eu necessito. Me solta. Gritou ela chamando a atenção de alguns policiais.
                                                               - Ana para com isso. Está chamando a atenção. Por favor você prometeu parar. Por mim.
                                                               - Me solta agora. Ela de forças sobrenaturais me empurrou de cair ao encontro do calçadão.
                                                                  Que porra de amiga era essa? A partir daquele momento vi que ela necessitava de mim e ainda por cima de mim novamente. De mim Ana não era minha amiga. Não naquele momento.
                                                                 - Algum problema senhoritas?
                                                                Os grandes haviam ido embora. Os dois policiais, um delgado e o outro robusto, saquearam a coisa.
                                                                Os policiais. Saquearam a coisa.
                                                                A coisa era o crack. Minha amiga era usuária de drogas.
                                                                 - Então alguém me dirá de quem é isto aqui. Apontou o robusto.
                                                                  Ana cruzou os braços aflita. Eu mudei os lábios já mudos de falar com os olhos tagarela.
                                                                - É meu. Joguei toda coragem que existia em mim. E por assim dizer usei a cara que um usuário faria.
                                                                Ana remexia nos pés agoniada por tomar o crack do robusto num frenesi de loucura. E eu lhe dei a minha vida praticamente assumindo uma culpa que de minha para ela se voltou contra mim.

Naia Mello



Escuro, claro, escuro, claro. Frio, aquecido, frio, aquecido.
Entre esses eu nem prefiro um e nem o outro. O certo é o ar gélido  que sopra das minhas narinas. Eu não sinto mais nada. De sentir eu vejo o mundo às avessas. Quando tudo está colorido eu sou somente o caco de vidro que pulsa e feri. Que doí e entorpe tudo em lágrimas de crueldade. Sorri a natureza que ainda existe em mim. Apesar de pouca ainda há esperança de réstia em propelir em mim.
 O capim seco interferiu no coração que já nem sabe amar. Muito menos sofrer. De coração ele só faz sacolejar debilitado num monte de poeira insignificante.
Das avessas eu pergunto o que há comigo. O que há de haver comigo? Entorpecida sorria sem parar entre amigos nobres de fazer como uma boneca: nada. Aqui está oco. Aqui está sem nexo. Aqui não consegue remexer um sequer músculo. Aqui tem muitas inseguranças e certezas incertas.
Das avessas se continua em frente, sem frente, contente de música a traduzir tudo isso que um dia diáfano com cura irá sumir.
                                                                   Cura. Ridículo. Prepotência.
                                                                    Amor. Insignificância. Dor.
                                                                     Jubilo. Glória. Absoluto.
                                                                     Das avessas minha vida continua numa linha finita. Das avessas prender à linha infinita são meus sonhos. De infinito à finito falta um triz dessa linha. Mas das avessas a interseção da linha remete minha vida.


Quando acostumei a sua presença, Felipe, irrisório, tagarelava animadamente com Sra. Amélia. Eu de animada bradava uma careta selvagem.
- Então Lety.
- Não sou Lety, esbravejei perigosamente. Minha mãe veio ao encontro da gentileza.
 - Por favor. Perdoe-me pela falta de educação da minha filha.
 Felipe, prostrado ante ao lustre, abanou a mão despreocupado.
  - Letícia -  Ele disse enfático.- Sabe porque eu estou aqui?
 - Atrapalhando minha paz de espírito?  
- Lety.
- Mãe deixa ele continuar.
Naquele segundo icei o garfo a boca de arroz a mastigar. Quase mordi a língua. E não causaria tanta dor para o que sucedeu a seguir.
- Eu vou passar uma temporada aqui.
-Que?! Arregalei os olhos de assombro sem medo de espanto do ceticismo.
- Mãe. Que piadinha é essa?
- Lety, querida, é sério. A mãe dele irá passar um ano fora e me pediu essa caridade.
- Caridade? Alterei a voz num oitavo.
Felipe instou quieto. Praticamente mudo. Eu jazia muda de indignação. Como pode isso acontecer? Que loucura era essa?
Ensandecida, estimulei de um lado ao outro, numa energia de pensamento ilógico.
- Deve haver uma maneira de ligar para ela e..
- Eu estou aqui. brincou Felipe.
- Exatamente e logo irá embora.
- Lety ! repreendeu minha mãe.
- Que foi?
- Ele será a nossa visita por um ano.
 Um ano. Estatelei quase numa vertigem. De segurança, meus braços, apoiei num armário de madeira.
 - Deve haver. Balbuciei.
- Ele ficará e você irá mostrar seu novo quarto. Jamais farei uma desfeita a uma grande amiga. Boa noite. - E assim Sra. Amélia galgou os degraus. Ao longe ouvi um bater de porta. Ela foi dormi e me deixou com esse sujeito?
- Seremos como irmãos. sussurrou ele como cumplicidade. Cumplicidade sem ser compartilhada que de brilho incandescente continuei a me apoiar no móvel.
  E assim finalizou meu trágico jantar. Que de jantar Felipe participou e acabou como vencedor. Mas não por muito tempo.
De tempo eu iria virar o jogo. O jogo do jantar.



A noite sem estrelas produzia ardor em mim. O único ponto de luz era ele. Ali, rente a um carvalho enorme, flanqueando uma roseira vermelha esperava ele. Estava distante. De distância eu pude notar. Havia impaciência? Talvez. Por isso engoli meu orgulho ferino, em morosidade, aproximei.
 - O que você quer? Cruzei os braços. Um súbito vento gélido cortou meu malar. Arrepios relevantes trituraram minha pele. Enganei a mim mesma a tragar a respiração  em descompasso.
- Que me escute um segundo.
Lúcio, de voz piega, misturada ao olhar misterioso e viril   amarelo como gato, apreendia qualquer ser vivente. As vezes, sua iris transmudava rapidamente a um vermelho sinistro, mas eu acho que minha imaginação era bem fértil.
- Novamente aquela estória tola?
- Não. contrastou ele do modo que sua estatura se perdia na imensidão da noite escura.
- Você tem que partir de imediato.
- Que?!
- Eles vão atacar essa noite. E se me dê um segundo lhe direi tudo o que se passa contigo.
O fulgor cobriu meus olhos. De fulgor sem estar quente e nem tão pouco morno, soergui a frieza como o ar por meras palavras.
 - Eles são meus amigos. Como pôde?
- Confie em mim. Venha vamos . - Lúcio puxou meu braço para o portão de ferro do meu jardim.
Uma explosão. Estanquei com o braço preso ao de Lúcio. A boca entreaberta para algo inevitável e sem sentido.
   Minhas pernas gemiam em chumbo. Mas eu instiguei a elas a ir até os destroços da minha casa.
   Minha casa. Minha vida. Haviam detonado em combustão de cinzas a salpicar ao longe.
    Lúcio, mas ligeiro, me ancorou até o infinito do obscuro.
    O que estava acontecendo? Sem notar, lágrimas toscas regiam em meu rosto quadrado.
     - Eu necessito saber de tudo. E o que está acontecendo comigo.
     - Sim. Lhe narrarei tudo, Roberta.


PS: Eu vou apresentar essa nova  personagem. E ela dentre outras são, particularmente, uma das minhas preferidas.

                





 Eu estava me preparando para o jantar da Sra Amélia. Minha mãe. De mãe, ela, odiava quando eu a chamava pelo nome. Mas eu era assim. E de ser, vesti um pijama de bolinha, com o cabelo desgrenhado e desci as escadas ao som de qualquer coisa ou sei lá.
                      - Lety querida. Vá trocar essa roupa. Teremos visita.
                      Eu fiz caras de poucos amigos. Meu jantar era sagrado, ou seja, somente eu e minha mãe. E ela  sabia disto muito bem. No entanto, Sra. Amélia suspirou os lábios adocicados de paciência, afinal eu sempre fora excêntrica. Ela já jazia acostumada. Portanto, abanou a mão na cintura e ordenou despir novo rosto. O que era impossível já que de esculpir meu rosto estóico, com traços fortes, desencorajava qualquer pessoa que tentasse algo, digamos, amigável.
                  - Anda Letícia. - disse de maneira implacável.
                  Era sério. Teríamos de fato visita.
                  Engoli o que ia insinuar. Um grunhido de vermelhidão subiu nos meus olhos. Encarei minha mãe e ela de rainha me empolgou como mero cachorro faminto por um osso.
                - Tudo bem. - Sentei na mesa retangular e por lá cruzei os braços.
                - Levanta agora...
                 A campainha soou confiante. Sorri sinistramente. Quem fosse iria embora imediatamente. Minha mãe correu a atender me fitando como aviso. Finquei a teimosia. De súbito icei a cadeira á cair. As mãos de punho, de pé, fitando a ultima pessoa do mundo na qual apareceria no meu jantar.
Minha mãe envergonhada tentou me arrancar da sala, mas eu somente conseguia respirar a mala que o visitante trazia consigo.
                 - Ei Lety. Está de pijama.
                 Eu estava soltando fumaça pelas narinas. Ninguém me chamava de Lety assim com tanta tranqüilidade. E pior, exibindo um efusivo sorriso, desdenhoso, de que eu era a fracassada.
                 Felipe. Meu amigo de infância. De infância para inimigos declarados. Ele tinha senso de humor e vivia a distribuir gargalhadas animadoras entre qualquer pessoa que se aproximasse dele. O centro das atenções, incluindo minha mãe, era filho da melhor amiga de Sra. Amélia.
               - Então aderindo a nova moda? É para mim ficar assim também?
               - Eu...
               - Vamos jantar. - Anunciou minha mãe percebendo a tensão antes mesmo dela resmungar.

Naia Mello.





Continua....




Recebi esses dois selos da Angélica, do aperteopiii. Com as seguintes regras:

01- Postar os selinhos no seu Blog.
02- Me deixar um recadinho.
03- Listar cinco coisas que você gosta de fazer.
04- Indicar 10 Blogs para receber os selinhos.
05- E deixar um recadinho nos Blogs que você escolher.

As cinco coisas que gosto de fazer são: dormir, ler muito, beber água, ir ao cinema, ouvir música.
 Vou indicar os blog's que me inspiram de certa maneira:




      









Este eu também recebi da Angélica e responder a seguinte pergunta:
o que é mágico?
R: Os livros

E indicar 10 participantes, mas aqui vou indicar três;

1ª aperteopiii
2ª c-costa
3ª graf-fite



Eu havia despertado ao pesadelo. Quando percorria corretamente, Michel, havia aparecido como fantasma. De fantasma me apreendeu de atarantar.
- Nina? indagou ele com seu habitual olhar distante. O destino me trouxe aqui para alguma coisa. Veja só esse mar.
Eu engoli em seco. Gabriel sorriu irônico se afastando. De afastar fiquei taciturna sem compreender.
  - Nina está entregue ao seu amiguinho. Disse Gabriel com a voz estranha observando com minúcia umas garotas de biquíni e indo embora.
Desapontamento me corroborou enquanto Michel pasmado e meio aliviado me aguardava. A vontade de pular no pescoço dele era pouco. A minha imagem refletia como o trânsito caótico uma assassina brutal.
- Então satisfeito ?
- Eu não sabia até ver tudo. Eu.
- Não pêra. Não vai dizer que o destino é o culpado de tudo? Joguei sarcástica.
                                                                  - Nina mantenha a calma - ele aferrou meus pulsos.
                                                                  - Vou fazer você enfiar a merda dessa calma.
                                                                   - É que eu tinha que lhe ver.
                                                                    Aquilo de súbito me amoleceu até os tornozelos.
                                                                     - Como?
                                                                      - Eu estou me apaixonando por você.
                                                                       Novamente mais fisgadas lânguidas. Meu coração de voluntário para involuntário acelerou de um ímpeto. Ele havia dito sério? Balancei a cabeça. Porque eu me sentia assim quando jazia rente a Gabriel e a Michel? E agora? Seria amor? Paixão?
                                                                       Dos três se vinha a confusão. De confusão advinha os sentimentos de profusão.
                                                                        Eu somente o abracei com êxtase. E ele enxugou minha omoplata com as pontas dos dedos.
                                                                  De uma coisa era certa, o acaso, me impulsionara aos dois. E nesse instante descobri uma coisa. A coisa que de ruim se transmudava para boa.
                                                                    Um brinde ao acaso.


Em breve mais aventuras de Nina. Digo estórias bem curtinhas.  


Eu deito na cama. Energia essa falsificada de sonhar com o teto. De teto se fecham os olhos para um mundo perfeito. Porque de noite os pássaros começam a cantoria e o sol renasce das nuvens. Com a noite meu sorriso se engrandece a apostar corrida com o vento. Vento este que me consome inteira. A grama estava verde e ao abrir os braços para o mundo sinto a energia da noite. Perscrutro uma boa caneca quente de café. Energia que me consome na beira de um riacho onde não há ninguém. Somente eu por andar por alísios do calor das estrelas do sol a nascer das nuvens. De cetim calçava os pulos de rodopios vibrantes dos animais vivos em mim. E então desperto para o verdadeiro sonho. E assim a noite se foi e com ela minha energia. 


 Há momentos que não consigo me compreender. De compreender eu me sinto dentro desse mundo errante de errar para aprender. No entanto, se um dia eu chegar a me compreender , nesta data, eu nunca existirei.




  Onde buscar a minha felicidade de alicerces? Parece tão intangível quando estou triste. Mas então paro e durmo acordada num bom sonho de olhar a vaguear. Ela está ali na espreita esperando a oportunidade de um sorriso.


Eu não tenho amigos. Eu não busco amigos. Eu não vivo com amigos. Não, eu não tenho. O que eu tenho são pessoas especiais que simplesmente apareceram na minha vida para ficar eternamente. Porque amigos são aqueles brotam do nada sem você notar. Pessoas especiais em algum lugar estiveram a te esperar.




Quando as lágrimas rolam uma alegria louca me contagia. Eu estava a ponto de explodir ,ou melhor, ensandecer internamente, mas aí vem o alívio de um broto de olhos vermelhos a implorar por um suspiro de esquecimento.


Minha vida é como a merda a imiscuir-se a merda. Um dia está uma merda outro dia a merda melhora num novo alvorecer.


A dor é um fruto de uma aprendizagem de um passado conturbado de uma morte premeditada de ardor no peito. Eu sabia que ia morrer. A dor era intensa, mas então se passa os meses e com ele o topor. Do entorpecimento a cura para seguir adiante.


Tem dias que me sinto a beira de um precipício. Mas são nessas horas que vejo quem se importa de verdade comigo.


Para que desistir dos sonhos quando eles são fruto do futuro incerto certo?


Cansei dessa vida. Eu cansei. Na verdade eu me inovo a cada dia para me senti segura e feliz.


A música é um alimento para a alma. Quando tudo parece perdido ao longo do tempo, ela alça uma nova visão de sentimentos de calmaria. 


Escrever para mim não é somente uma terapia de fluxo de maravilhosa sensações. Escrever para mim é como existir os dias e as noites. O sol e a lua juntos. As estrelas nas cortinas do dia. E o sol tatuado nas estrelas da noite. 


Naia Mello. 


Andei por entre as nuvens a te salvar. A nuvens eram tão doce que de amargo fincou para trás. De tontura vislumbrei as formas de tão perto. As formas se transmudavam de todas as formas de deriva a deriva sem amar.
Amei o sabor daquele frio na barriga. A dor incômoda meu estômago de revirar meus olhos tontos sem achar absolutamente nada.
Quando cai no precipício sonhei com você. Talvez algum dia teremos uma boa chance. Ou não. Mas de importar desligada medida não me importaria. Afinal de desligada sempre fui, mas jamais mudar por ninguém de transmudar por mim mesma. E desse modo a esperar em cima das nuvens. Ou melhor de cair em precipícios comi chocolate amargo.
Eu andava por entre as nuvens. Cair em mundos de precipícios e por fim comi chocolate amargo. E do nada de dia ou noite o tempo revelará o chocolate doce dos lábios adocicados quanto o seus.



Eu fumava ao longe da brisa do mar. Era um dos meus vícios. Fumar através do mar. E naquela calmaria sorri, confesso, um pouco letárgica. Descalça, o vento me domando pelos cabelos a entrar na boca. Igualmente o vestido bufante e longínquo como o horizonte.
Pulei das pedras a me abraçar sempre sorrindo ao céu quase escuro. E por fim aprumei a bunda na areia molhada como meus pés finos.
De súbito, enquanto pensava em como comprar um cigarro sem dinheiro, duas mãos obscureceram minha visão.
Era algo meio ossudo e longo.
Hum...
- kauãn?
- Não.. Talvez deveria tentar por outras bandas...
Aquela voz. Mas pera aí, ela está alterada. Não sei. Talvez.
- Michel?
Uma tosse forçada. Calma. Fui eu. Na verdade, havia engasgado.
- Nina? Tá bem?
A voz dele de retornar voltou ao normal.
Bem que poderia ter sido Michel mesmo. Inflei. Somente a presença dele para causar essa euforia em mim.
- Gabriel. E vislumbrei aqueles olhos verdes. Juro que comecei a tremer as mãos.
- Nina. disse ele como aquele rosto repleto de cobiça. Sempre desejoso por um rabo de saia. Cretino.
Eu o odiava. Mas, de modo as mãos de lânguidas permanecerem. Ah! Esqueci. As pernas também tremeluziam ao som da sua voz. Que diabo era isso?
- Longe de mim - retruquei com o gorgomilo falhando.
- Tudo bem. Mas ele fez ao contrário.
De imediato, morosamente de súbito, Gabriel transmitiu seus braços á minha cintura. Paralisei. Gabriel também. Contudo foi de vontade involuntária de deslizar uma das mãos por minhas costas. Paralisei novamente. Olhos arregalados. De susto ou medo. Nem sabia.
Gabriel pousou sob minha jugular. Ali marcou um beijo singelo. Arrepios percorreram meu doce corpo. Conversei com o silêncio. O vento respondia por si só.
De conversar com o silêncio Gabriel, mirou meus lábios salpicados de secura.
Minhas pernas fujiriam se oportunidade permitisse. Mas meu coração acelerado de imã estagnou aos olhos quase de dormir.
- Gabriel.. Eu tenho que ir... A respiração dele enviava fluxos de sabor quase gagueira.
- Nina. Mais um segundo. Retrucou ele com aquela voz grossa.
Soergui a boca. Dormi por uns segundos em fantasia sem explicação. No fim das contas não queria sair daquele abraço eterno de Gabriel.
De eternidade o tempo percorreu.
E então algo ocorreu. E eu despertei para um pesadelo.

Continua...



Corri por entre as profundezas daquele som. Perdida e alucinada bebida ice de trôpego passos a chacoalhar as pernas finas.
Eu sou Nina. E de fato alguém me gritava ao longe. Os ecos nem chegavam. De chegar vinha a sonora estrondosa de uma musica eletrônica.
- Nina.
Murchei, os fios de cabelo solto nos lábios,de arregalar o coração pulsante.
Era aquele tonto? Seria ele?
Preferi seguir em frente na esnobe barreira da tontura.
Correntes eletricas agitaram meu corpo. De súbito alguém aferrou meu braço fino.
Tropecei como sempre. Alguém me agarrou pela cintura.
Respiração dilacerada gritei o silencio. Os grilos pululavam em frenéticos bracejos.
- Espera Nina. Eu..
- Você?
Semi-cerrei os olhos em desejo.
- Fique aqui comigo.
Mais correntes de avidez.
Não. QUEM ELE PENSA QUE É? Filho...
- Sim... Quer dizer... Não.
- Nina.
Ele havia me grudado em mãos no queixo.
Transmudei em estátua como apreensão de estátua sem ser de pedra.
De pedra contei até três. Nesse meio tempo ele se aproximou.
Estava perto. Muito pouco centímetros. As pernas tremiam. E eu não podia, mas podia porque meu corpo exigia algo que no fim não necessitava.
Mas necessitava meu corpo.
E então aconteceu.
Primeiro os lábios. Depois os braços enlaçados no pescoço. Aos poucos os olhos fizeram sua parte. E por fim os incríveis músculos de lânguido beijou os lábios desconhecidos.
Nada se via. Somente eu e ele. E ao buscar mais, em meio ao nada do escuro, o toquei com mais força. De modo que a necessidade do corpo gritou altamente nos ouvidos de Gabriel.
No fim das contas ele presenciou a cena.
Ele era espectador.
Eu a atriz e Michel o ator galã da cena.
Daquele modo, naquela festa, me entreguei de corpo e alma a Michel. Traduzindo a festa de calorosos beijos adocicados.



É estranho suspirar seu lábios sem ao menos tocar;
É estranho notar sem enxergar o quanto meu coração ensandece ao seu lado;
É estranho não fitar seus olhos e de fitar resplandecer um brilho diáfano em mim;
É estranho ter e não ter você aqui. É estranho, mil vezes estranho, dez vezes estranho.
De estranho eu não preciso te amar. Não, para que amar? Quando eu já tenho em excelso.
É simplesmente estranho ser estranho ter sentimento de te amar.



Porque as pessoas me julgam sem conhecer? Que sentimento é esse? Eu andei por dois mundos. Era meio termo. Nem lá e nem cá. E em um dos mundos vi aberrações. Eu não era uma delas. Mas alguém com quatro olhos me vigiava constantemente. Estranha razão de meio termo. De prisão. De não ser quem sou sendo eu mesma diante de mim.
Eu mesma diante de mim. Diferente para os quatro olhos.
Encurralada e num beco sem saída enveredei e fechei os olhos. Pensei nas pessoas especiais. Confortei-me com aquele ar puro de pensar em meus amigos. Não podia fugir. Mas podia lutar. E de guerreira abri os olhos.
De garota os olhos perfaziam fechados. De guerreira os olhos abriam. Alerta. Completamente alerta presa numa sociedade de quatro olhos. Mais eu iria lutar. Esbravejar ao menos. Lutar. Esbravejar. E no ultimo suspiro segui um caminho sinuoso. Enfim os monstros da minha vida, de encurralada, dei por vencida.
De vencida para meia liberdade. É assim eternamente. Mas eu, guerreira, lutarei até o fim. De olhos abertos.
De olhos fechados sentei a margem de um rio sinistro e chorei.
Eu era humana afinal.



Sinopse: A Guerra das Sombras é um livro de aventura, passado em um universo fantástico. Em suas páginas, estão descritos dois grandes conflitos que se desenrolam concomitantemente. O primeiro, e mais evidente deles, dá-se entre reinos de homens mortais. Paralelamente, acontece um embate oculto entre forças sobre-humanas. E é nas conseqüências de ambos os embates sobre a vida de Rairom Guenor e de seu irmão Tairom que se encontra o foco central da narrativa.
Em A Guerra das Sombras discute-se até que ponto está nas mãos dos homens o seu próprio destino. É a história do confronto do ser humano, mortal e frágil, contra desígnios e poderes bem maiores que os seus.

É uma série de aventura com fantasia. De um escritor brasileiro. E então?



Sinopse: Se apaixonar nunca foi tão fácil... ou tão mortal!
Para Nora Grey, romance não fazia parte do plano. Ela nunca esteve particularmente atraída pelos garotos de sua escola, não importa o quanto sua melhor amiga, Vee, a empurre em cima deles. Não até que Patch chegue.
Com aquele sorriso fácil e olhos que parecem ver dentro dela, Nora fica atraída a ele contra sua vontade.
Mas após uma série de aterrorizantes encontros, Nora não tem certeza em quem confiar. Patch parece estar em todo o lugar que ela está, e saber mais sobre ela do que seus amigos mais próximos. Ela não consegue decidir se deve cair em seus braços ou correr e se esconder. E quando ela tenta buscar algumas respostas, ela se encontra perto de uma verdade que é mais perturbadora do que qualquer coisa que Patch a faça sentir.
Porque Nora está bem no meio de uma antiga batalha entre os imortais e aqueles que sucumbiram - e, quando se trata de escolher lados, a escolha errada custará a sua vida.


Está ai um livro a qual o assunto me interessa bastante. Ideias eu tenho escrita no papel sobre esse tema. Um dia virará um livro, no entanto, por enquanto estou escrevendo sobre Nina.







Olá agraciados amigos. Estou de volta. Sou eu. Nina. A nem adolescente e nem adulta. Ou seja, fase de transição. Confesso que o termo ficou deprimente, no entanto, o que tenho a dizer é mais importante.
Depois de conseguir me livrar do meu vizinho idiota, Gabriel, e namorado da minha irmã; fui ao encontro do meu amigo numa praça próxima sem estar distante.
O Michel. Meu amigo. Iríamos a uma praça distante e nem tão próxima de estar.
Todavia, para minha felicidade de infeliz dia, chovia bastante. Mas de encontro marcado, com meu modesto all star roxo surrado, enveredei dentre as poças com um guarda chuva empilhado ao vento. De vento que empanava meu cabelo castanho- escuro a tapar minha visão turva de óculos fundo de garrafa.
E lá ia eu com o toc-toc dos passos numa modesta roupa fina do frio. De frio a gelar os ossos lá ia eu.
Merda! xinguei abertamente assustando uma modesta senhora. Que de modesta não tinha nada ao me mostrar seu poderoso dedão. Urgh! Eu havia quase tropeçado nos cadarços em arrebatamento esquecido de amarrar. Idiota e mil vezes idiota.
Mas o dia não acabava aí. Depois de passar por edifícios sem graça e alguns estupendos, as casas fizeram seu fluxo de energia angustiante em contraste com os carros e pedestres a caminhar. Como nunca transfigurei em ferro, dei uma olhadinha numa gatinho que estabanado tentava fechar o guarda chuva.
Ri feito demente. Ele acenou. Eu enrubesci sem quase enxergar nada. Ele continuava a acenar. Eu estagnei de prudência. Que idiota. Chamando uma estranha.
No entanto, ele gritou meu nome:
- Nina. Vem cá.
Presumi uma careta.
Ele tentou, desta vez, mais frenético.
- Nina!
Arriscando pausei ao seu lado reconhecendo minha tamanha burrice.
Era meu amigo.O gatinho. Sob um toldo. Literalmente irreconhecível por conta da minha cegueira de chuva quase torrencial. Me acolhi em seus braços umidos.
E assim foi nosso encontro. Ele era meio lunático, avoado em nunca estar na terra; o olhar escuro sempre distante abrangendo o cabelo curto igualmente preto. Tinha um estilo meio hippie com a inseparável toca de lã.
- Oi Michel. Desculpa. Essa chuva.
- Tudo bem. Ela é necessária para ajudar as árvores e para abastecer os mananciais. É uma fonte de vida. - discursou ele um tanto distante.
Sorri meio monga. Para Michel tudo havia explicação. E isso era um tanto irritante as vezes, porém, esse era o Michel que havia conhecido. Um defensor assíduo da natureza. Inclusive, o mundo podia estar caindo ou um acontecimento digamos perigoso viveria do lado dele, mas, para Michel, aquilo fazia parte da lei da natureza. E como ele mesmo diz " faz parte da vida. Da natureza. Da Terra."
- Acho melhor irmos á minha casa. Que tal um café? - acolheu ele.
Dei de ombros sem dar somente um sinal de positividade.
- A praça furou literalmente. - mordi a merda da língua. Não devia ter dito aquilo. Sabia o que viria a seguir. Do antes ao depois não me arrependi.
- Tinha que acontecer. E veja o que a vida nos reservou? Um café na minha casa. Talvez essa chuva nos dê alguma lição de vida.
Mordi os lábios para não cair num desespero de gargalhada pausada. Em respeito definitivo ao meu amigo. Que lição uma chuva daria? Tenha a santa paciência. Mas enfim, eu era acostumada.
Quando chegamos a sua casa, para meu horror, horror esse de bater as pernas para que te quero em qualquer outro âmbar. A namorada de Michel, Lisa, uma garota de 23 anos, mais velha que meu amigo, de estatura mínima como mínima media sua postura de sedenta por sexo a quase todo instante.
Eu nunca a vi centrada, talvez porque só a visse próxima a Michel.
Ela era do tipo que sexo era remédio para tudo. E qualquer lugar, hora, e motivo era hora do sexo.
Michel vinha da filosofia que "sexo faz parte das nossas energias ligando nossos instintos mais bravios a natureza". Como disse tudo à natureza.
Que tédio. E no mesmo instante que recebi o calor da sala acarpetada, com moveis rústicos e pinceladas de florais, a louca pulou no colo de Michel. Paralisei em choque, meio indo embora meio entrando na casa, vislumbrando Lisa beijar Michel com gosto lhe apertando os ombros, sem ao menos me notar. Que bandida filha da mãe!
Tentei chamar atenção, mas de nada adiantou, contudo Michel se afastou borrado de batom vermelho de borrar a falta de ar. A mesma falta de comedida para Lisa, foi a mesma da minha falta de palavras.
- Oi Nina. - cumprimentou ela alegre demais. A descabelada nem ao menos esperou eu terminar de destrinchar as palavras. Ela correu as escadas e a completar ávida de desejo - Gatão. Estou lá em cima. - finalizou mordendo os lábios.
Que nojo. Michel não estava agraciado com a presença dela. Não se dava para notar, de modo que sua fisionomia de viajante quase nunca mudava. E de mudar de verdade, veio a voz meio forçada.
Como amiga eu reconhecia que a sua relutância era sinal de grandiosa raiva.
- Claro.
- E então? O nosso café está ou não está nos nossos destinos?
Em resposta, aferrei sua mão e o levei a cozinha. Era um sinal. Sinal de reconhecer aquela casa tão visitada e sinal que a resposta era sim.



Sonhei, certa vez, que voaria rente e dentro do infinito. Inspiração bateu na minha porta quando o assunto era sonhar. Sorri, alegre, criança e jovem adulta, inspirada e eterna sonhadora. Eu acredito. Eu acredito. E mil vezes acredito.
Sonhos são eternos em acreditar no possível mesmo se for para voar no infinito. Lute, acredite e reaja aos obstáculos. E por fim vença em qualquer lugar, tempo ou impossibilidade. No fim dá na mesma. Quem acredita alcança. De duvidar parei no tempo. Mas vontade me espelhou e seguir e no dia que vencer serei a mais feliz desse mundão.
Sonhei com meus amigos, grande amor (talvez), minha familia e amigos novamente. Motivação de algum ideal. Amigos. Fonte de energia que impulsiona ao impossível possível. Eu quero o mundo. Eu sei que posso. Do mesmo modo que você pode.
Sonhei que podia dançar no mar sem afogar, era porque eu acreditava em você e em nós.
Eu acredito. Eu acredito.
Sonhei comigo por estar feliz, às vezes taciturna, mas nunca infeliz de desistir na eternidade de tempo ríspido.
Sonhei que queria você e mais ninguém nessa vida. Mas como poder contra o impossível? Talvez eu não vi ainda o especial que está reservado, nos mais recônditos pensamentos, o meu verdadeiro sonho.
É um processo. Eu não preciso de você. Mas eu quero você.
O que fazer quanto a isso?
Sonhei contigo e comigo. A praia estava perfeita de sonhar conosco.
Eu acredito nos meus sonhos. E você acredita em você mesmo?




O dia se estagnava perfeito. Os pássaros chilreavam, as formigas em fila festejavam a comida, a floresta cheirava a vida.
Eu, Nina, traguei bem profuso um toco de cigarro que ainda restava. Esse era um dos meus vicios, obliterando os livros claro. Todavia, de excitação roguei o extasiamento.
Havia me perdido por entre as sambambaias. Sambambaias maravilhosas que me trouxeram a conhecer, com meus amigos, uma suntuosa viagem de acampamento. Mas, eu me perdi. E de perder, sem prêmios de consolação, me submete a minha presença o pomposo e tarado da selva sem ser perigoso; Gabriel.
O idiota me irritava com tamanha pretensão e olhar sempre viril para qualquer caixa de seios que lhe fossem suculentos. Esguio, 18 anos de falacioso, em que os olhos profusamente verdes contrastava com seu queixo pontudo a malar ossudo. Para Gabriel qualquer garota servia para lhe dizer coisas nada romanticas no seu ouvido.
Comigo não funcionava. Funcionando, por assim dizer, sacolejei minhas nadegas proximo a bananeira. Abracei as pernas apreciando minha atônicidade. As roupas surradas a maltrapilhos de galhos secos; o cabelo castanho-escuro estava tão desalinhado quanto.
- Então porque está ai me observando? - exigi de imediato ao notar sua presença com aqueles olhos semi-cerrados de desejo. - Porque não tenta fazer a porcaria desse seu celular ganhar sinal?
O cretino, retumbou com a sua voz firme e grave. Porém, morosa como o ex namorado , igualmente idiota e preguiçoso, da minha irmã. Gabriel era o atual. Naõ sei bem como os dois se suportavam. Minha irmã era tão pomposa quanto. Era como se estivesse sempre coco debaixo do seu nariz. Todavia, Nora, nunca se dispunha a dar em cima de alguém.
- Descarregou. - e ao sentar ao meu lado. Me incomodando sem realmente incomodar de sentar ao meu lado displicente. Babaca. - Porque não tenta o seu?
- Porque será? - desdenhei. Meu ombro roçando contra o dele. Um arrepio sobrenatural percorreu meu corpo. Em linhas diretas me afastei um pouco.
- Então talvez deveríamos dormir aqui agarradinhos enquanto a ajuda chega. - brincou ele sem perder a pose.
Será que o cachorro traia minha irmã? Depois de segundos de ponderação, mastiguei sua insinuação patética com um sorriso maroto.
- Ah! Quer dormir agarradinho? - meu rosto derreou de inclinar minimamente perto dele. Podia sentir sua respiração. Meu coração batia incontrolável no peito. E de peito Gabriel surfou nas ondas dos nossos olhos juntos.
- Seriamos os perdidos da selva mais gloriosos do mundo. Se pudéssemos simplesmente ficar juntos.
Aquilo, mesmo sendo um jogo, retrucou num ardor irracional dentro de mim. Eu estava feliz?
Gabriel tocou meu rosto com as palavras. Era um mestre. Mas aquela frase parecia ter um fundo de grande verdade.
O jogo vicioso não morreria tão cedo.
- Talvez. - me submeti ao mórbido cansaço.
Ele sorriu. Eu gargalhei. Nossas vozes retumbaram no infinito do céu. O sol lá no alto aninhava junto conosco.
- Então. Eu acho que.
- O que? - a voz não pertencia a mim.
Sua fisionomia transmudou como o rumo das suas palavras repentinas.
- Que acabaram de nos encontrar.
Pulei a encontrar meus amigos. Corri para minha irmã. Uma culpa de extrair de mim. Depois abracei meus amigos. De certo aliviada. Mas de perdida ainda me encontrava.
Gabriel se uniu a nós. Perdidos era o sinônimo que nós vivemos. Por uns segundos sequer. De perdidos a perigosos.
As aves alçaram voou perdidas no seu objetivo. Eu estava perdida no meu.



Sinopse: Nas sombras da noite em Caldwell, Nova York, desenrola-se uma sórdida e cruel guerra entre os vampiros e seus carrascos os redutores. Há uma irmandade secreta, sem igual, formada por seis vampiros defensores de sua raça. Possuído por uma besta letal, Rhage é o membro mais perigoso da Irmandade da Adaga Negra. Dentro da Irmandade, Rhage é o vampiro de apetites mais vorazes. É o melhor lutador, o mais rápido a reagir, baseado em seus instintos, e o amante mais voraz, porque em seu interior arde uma feroz maldição lançada pela Virgem Escriba. Possuído por esse lado sombrio, Rhage teme constantemente que o dragão dentro de si seja liberado, convertendo-o num perigo letal para todos à sua volta.

Gente acredita que vi hoje no ônibus uma menina lendo esse livro? Me deu uma inveja iauaia. Mas eu estou louca mesmo para ler o romance da brasileira Roberta Polito.










Sinopse: Neste romance envolvente e repleto de surpresas, são reveladas diferentes perspectivas do amor: relacionamentos mais saudáveis ou com maior dependência emocional.
Marina Spinelli é a personagem principal. Casada com Edu e mãe de Pedro, é arteterapeuta e vai para Florença estudar um pouco da vida dos mais importantes pintores, escultores e arquitetos. Lá ela conhece Luca Bérgamo, seu professor italiano. Marina precisa vencer vários desafios, principalmente o de manter seu grande amor que, além de passar por problemas próprios do casal, sofre ameaças e interferências externas.
O livro descreve as mais românticas cidades da Europa, principalmente na região da Toscana, na Itália, e suas obras de arte. Outras culturas também são retratadas, como festas e tradições familiares.
As personagens passam por dilemas referentes a carreira e vida pessoal, gravidez não planejada, amores do passado, paixões e ilusões.
Marina tem vários pacientes, cada um com questões bem particulares. Uns sofrem de transtornos psicológicos, interferindo de alguma forma na vida dela e mudando todo o destino da história.

Então? Vamos prestigiar os escritores brasileiros?


Muito obrigada. Mais muito mesmo a http://pateticamenteincorreta.blogspot.compelas indicações dos selos:

http://1.bp.blogspot.com/_wB-FebK0hj0/S9rUiDEcHfI/AAAAAAAAAPw/WkDv1Oe7NmU/s1600/selo_c_pia.png

http://1.bp.blogspot.com/_wB-FebK0hj0/S9rV40kNmJI/AAAAAAAAAQI/cCbYXXEJvZQ/s1600/pd1.jpg

http://2.bp.blogspot.com/_wB-FebK0hj0/S9uBDmE6M_I/AAAAAAAAAQQ/-pr6qOoz5E0/s1600/selo_fofo.jpg

obg, muito obg.
Galera vale a pena entrar no blog da nossa amiga. Adoro as coisas que ele escreve no blog *-------*









Er. Oi. Meu nome é Nina. E estou tentando aprender a dirigir. Ou melhor em pleno 18 anos, tentando fazer manobras com o carro entre aqueles cones. Confesso que de frustrada para irritada eu transpassei; onde notei que o desgraçado do instrutor anotava freneticamente numa pasta. Provavelmente, a cabeça dele chata em negação, eu não conseguiria passar outra vez no teste. Somente, ganharia um premio de indignação com aquele homem nanico insuportável.
- Cuidado. - ele me instigava a dizer o cuidado que ele tinha que resguardar. Mas aquele tonto insistia em dar os conselhos. Aferrei minha língua do mesmo modo que aferrei a marcha - Vire um pouquinho para a direita. Isso. Ai.
E ai quer conduzir o Corsa em meu lugar? Em careca lustrado?
Eu não soergui isso, no entanto, meu olhar castanho- escuro como meu cabelo ondulado; de cabelo a fazer charme a meu rosto de feitio de coração. Meu olhar de sem olhar, mas olhando confessou tudo.
Suspirei com o pé descalço no freio, suando a bicas, derrubando dois cones de vez. Puta que pariu! No entanto ainda bem que somente minha cabeça escutou esse pomposo palavrão. O Corsa, ao contrario, dançava em ziguezague, em caminho sinuoso sem estar.
Jazia dentro da escola de habilitação, os pneus namorando a pista perfeita em ziguezague do cone listrado, e eu namorando minha obstinação em alçar notas dignas de uma boa motorista.
O óculos fundo de garrafa escorregava a todo instante da minha ponte. Em que ponte, pulando a monotonia, dei um freio brusco, o instrutor quase morreu do coração.
Balancei os ombros sorrindo. O teste havia acabado.
O instrutor transpareceu aliviado. Eu também.
- E então?
- Sinto muito - a sua expressão não era de sentir muito. - Mas você não passou.
Oh grande novidade. Minha habilidade com equilíbrio cingia deveras além com manobras com o carro. Em foco a isso, eu quase cair de cara no chão quando tropecei em um dos cones. Merda de cone.
O carro seguiu em frente. Ele ia em direção a árvore. Bati a mão na testa. Desligada era outro item que me acompanhava a anos. E por isso o instrutor seguia numa bela viagem de encontro a árvore. Não havia travado o Corsa literalmente.