Dias se passam. Passados mudanças. Fartura de mesmices. Mesmices de músicas, filmes e livros. O que era antes vira nunca. O nunca pode virar cedo. Quando nota as expressões dela vagueavam por ruas jamais vistas.
                     Nada tinha graça. O cinema transmudou em secundário. Sair com os amigos era a febre de conversas novas. Os caras de novos não eram nascidos ao passado. Panela de pressão. Dias inúteis. Semana santa hipócrita por hipócritas. Novos artigos, novos textos.
                     Farta.
                     Exaurida por pensamentos fechados.
                      Alcançando o novo.
                       Novo de expressões.


O mistério atraí, soma e instiga. Mistério que preenche olhares. Olhares desabotoados do tempo. O tempo que passa rápido. Lugares diferentes e irreconhecidos. Não conhecer de conhecer fatos novos. Amores passageiros. Bagagem cheia e farta daquilo e vazia de outro. Passagem é cara. O barato é conseguir.
A chuva nebulosa da manhã misteriosa de rádio a tocar. Ela de misterios atraía para si.
Ela era mistério do frio cada vez mais fundo.


                    Ela por completo exagerou. O exagerar de desnorteada. Por onde começar? Por onde estudar? Vai ou fica em casa?
                      Não sabia qual livro estudar. O estudar até tarde da noite. Se matar para notas melhores. No entanto, ao tremendo exagero algumas notas caíram juntas.
                      Algo a incomodava deveras. Nisso continuava exagerando. O exagerar de esquecer televisão, livros que amava e computador. Estudar, estudar e estudar. Puxar os cabelos, olheiras horríveis, sono torpe e dores no corpo.
                    O corpo que agonizava. O agonizar de exagero. As mágoas das férias de verão ainda doíam muito. Esquecer ele, mas a dor transmudava em agonizar os estudos.
                     Sem tempo para passeios e amigos. Sem tempo para si.
                      Finalmente o exagero deu uma trégua. As inseguranças brotaram nas seguranças de escrever.
                       Momento de exagerar na certeza que tudo se encaixa.