Camila estava numa badalada festa. Badalada sem ser ao menos o som traduzia tudo. Havia dj. Havia bebida. Havia alguns interessantes. Outros zombavam. Outros gargalhavam felizes aos 18 anos. Camila era diferente. Ela tinha 21 imiscuida em plena festa de contrair os olhos numa turma de 18 anos. Ela tinha um desejo. Mas mordia a vontade afinal ela era a estranha. A estranha de normal com o cabelo curto a envolvendo num malar raso de queixo firme e duro como seus passos. Mas Camila jazia, no momento, estagnada. Ela sorvia um martine. Um martine de um olhar especial. O olhar que a pausou em lábios repartidos num transe. Os pés doiam de tanto dançar. No entanto, Camila não retrucou. Retrucava aquele olhar que a sorvia, como o martine do trôpego sem estar, de cima a baixo.
Ela era timida. Mas aquele olhar era amendoado e ávido. Camila parou de sorrir. Ela subjugou os olhos ao chão de pés sob pés. Depois, Camila, em segundos pescou o olhar. Contudo, atonita, não avistou em nenhum lugar. Era uma miragem? Estava tão bebada assim?
Camila sacolejando os ombros para lá de não sei o que. Ela começou a dançar de súbito. O olhar havia sumido. Mas Camila nem mais importava. Ela perfazia deliberada dança de quadris ao som da música.
Enquanto ela dançava jubilosa, o espelho defronte, vislumbrava somente seu corpo ossudo.
O olhar,sobretudo, a troca de olhares estava desaparecido nos olhos da jovem de 21 anos.
O olhar havia desaparecido. De desaparecer Camila esbugalhava seus olhos amendoados.
Não havia mais troca de olhares.


Um Comentário

  1. Que bom, querida, que vc conheceu Caio F.
    nunca é tarde, sabe essa coisa de gostar dele?
    pois é... piora, dentro de dias, vc o estará citando nas conversas, talvez em um mês onde ver o nome, dele parara para ler, e se deliciar, em mês estará até sonhando!
    kkkkkkkkkkkkkk
    é sério, a minha paixão é fuminante!

    bjos querida

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