Porque as pessoas me julgam sem conhecer? Que sentimento é esse? Eu andei por dois mundos. Era meio termo. Nem lá e nem cá. E em um dos mundos vi aberrações. Eu não era uma delas. Mas alguém com quatro olhos me vigiava constantemente. Estranha razão de meio termo. De prisão. De não ser quem sou sendo eu mesma diante de mim.
Eu mesma diante de mim. Diferente para os quatro olhos.
Encurralada e num beco sem saída enveredei e fechei os olhos. Pensei nas pessoas especiais. Confortei-me com aquele ar puro de pensar em meus amigos. Não podia fugir. Mas podia lutar. E de guerreira abri os olhos.
De garota os olhos perfaziam fechados. De guerreira os olhos abriam. Alerta. Completamente alerta presa numa sociedade de quatro olhos. Mais eu iria lutar. Esbravejar ao menos. Lutar. Esbravejar. E no ultimo suspiro segui um caminho sinuoso. Enfim os monstros da minha vida, de encurralada, dei por vencida.
De vencida para meia liberdade. É assim eternamente. Mas eu, guerreira, lutarei até o fim. De olhos abertos.
De olhos fechados sentei a margem de um rio sinistro e chorei.
Eu era humana afinal.


3 Comentários

  1. a primeira pergunta é a que me faço todos os dias =/
    otimo texto como sempre.
    um beijo e otima semana.

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  2. "Eu era humana afinal"

    Adorei o texto!

    Vou seguir seu blog, mto bom :)

    se puder dá uma visitada no meu depois.. bjs:*

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