Ela pensava nele sempre que surgia sua imagem mental em sua cabeça. Ela ouvia músicas e lá estava ele representado nelas. Ele representava a mudança porque como espelho e sintonia em atitudes e palavras aquilo a afetava e ela transmudou-se. Ele era a paciência contida, as discussões em detalhes do que a irritava, ele a ouvia e a compreendia, ele era o reflexo do que ela via ao espelho. Ele era os defeitos da procrastinação, ele era a risada gostosa de se ouvir, ele era o brilho dos olhos dela, ele era o ombro amigo nos momentos de ansiedade, insegurança e incerteza. Ele era a loucura e manias que fazia ela balançar a cabeça. Ele era o incentivo para se tornar uma versão melhor de si, ele era o enfrentamento dos próprios medos, ele era o egoísmo instalado em atitudes na sua sombra.
Ele era o dia, tarde e noite, ele era a representação dos seus amigos e familiares. Ele era a segurança, as vezes mágoa, mas ele era continuidade de um tempo que ela nunca imaginou está.
Ele continuava ali depois de muito tempo e ela sentia algo dentro do peito que florescia e a fazia sentir todas as emoções ao mesmo tempo, mas ela não tinha medo da perda, e decisão era a mudança necessária. As vezes ela queria ir embora, desistir de tudo, tomar outro rumo, e se afastar. As vezes, ela de fato se afastava, mas não era por mal, era uma necessidade da sua personalidade idealizadora que vivia no futuro, mas hoje buscava meios de está no presente e que nada tinha controle.
A falta de controle causava ansiedade, viver no futuro, idealizações, agonia e querer controlar o outro para se sentir seguro. Mas nada era garantia de nada, e tudo mudava para melhor mesmo que não compreendesse.
Por mais que os ponteiros tenham se acertado, eles estavam juntos, a vida era incerta e isso a assustava e dava a vontade de voltar ao controle, mas nada se controla. Ela aprendeu a respeitar a vontade alheia e a si própria e instalar limites. Ela aprendeu que a única pessoa que deveria ter expectativas era para ela mesma. Ela aprendeu que hoje é hoje, amanhã é amanhã.
Ele era saudade, ele era a música romântica tocada no rádio, ele era o pulsar dentro dela, ele era a emoção que se instalou nela, ele era o passado, presente e futuro. Ele era o limiar do aprendizado no relacionamento a dois. Cada um tem suas questões, no entanto quando juntavam os dois a dificuldade era instalada, mas não era impossível, porque se os dois querem, os dois vão caminhando na continuidade.
Ele era parecido com ela, ele era série, calmaria, praia, rock, e seu próprio espelho.
E o que ela via no próprio espelho?
Ela via a luz e sombra, yang e yin, segurança e inteligência emocional, e a mulher que precisava ser e as mudanças que seriam necessárias para o crescimento pessoal.


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