Afrânia era rude e dizia a pratos limpos. Uma vez, na adolescência assustara os pais ao se talhar de preto; dos pés a cabeça. As pessoas adoravam Afrânia e depositavam expectativas que talvez nunca seriam cumpridas. A expectativa, traiçoeira, machucavam garotos ao redor. O cumprir passeava no doce veneno que corrompiam as palavras daquela garota.
Ela, muitas vezes, perdera alguém especial e por isso tinha de ser forte. O quê ninguém sabia se constava na força daquele olhar muito sofrido. Ela tinha ânsia e amigos queridos.
Fugir para ela de qualquer relacionamento sério era uma questão de honra. O honra de desafiar o coração apagado. Quando ela amaria alguém de verdade?
Quantas pessoas a mais a enganaria novamente?
De enganar, Afrânia amava a família e o querido irmão.
Na verdade, de família a vulnerabilidade atacava todo o canto daquele corpo. A dor corroía por dentro. O dentro de dilemas até as lágrimas secarem. Olhos vermelhos e suspiros escondidos.
O esconder perdurava mesmo no danado do coração.
Afrânia estava gostando de alguém. Mas, desta vez, o gostar buscava a maré baixa.
Afrânia, finalmente, depois de muito tempo, aprendeu a valorizar a paciência.
A paciência do "deixar rolar" nunca foi tão importante.
Aiiii gostei isso, muuuito! hahaha
ResponderExcluirConcordo heih, com essa tal Afrânia! rs
Beijos!!!!
' Fugir para ela de qualquer relacionamento sério era uma questão de honra. O honra de desafiar o coração apagado. Quando ela amaria alguém de verdade? '
ResponderExcluirpois é, me identifiquei, só que hoje posso dizer que amo alguém de verdade. e isso me faz muito bem.
.. que Afrânia, um dia deixe-se levar pelo coração..
uma hora ela acaba amando de verdade. só não se pode querer apressar isso. e sim, até eu ando aderindo a paciência do deixar rolar. talvez seja uma boa. um beijo
ResponderExcluirNaia, sempre fico impressionada com o sentimentalismo e realidade em seus textos. Todos possuem sua liberdade... Literalmente embriagante.
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