Como uma luz no meio do escuro. Uma luz distante. Uma luz que fazia vê ele em todos os lugares. Uma luz que fazia vê ele em cada pessoa que passava a distancia. Uma luz que fazia vê ele em cada carro. O sentimento era o mesmo: enlutado em falta. Mas, sabe, tudo passou. A agonia, a ilusão. A dúvida.
A luz transformou a dor em nada. A luz transformou a raiva ou ódio em nada. A luz acendeu algo interno e mudou a única pessoa que ficou: ela.
As vezes fazia falta, as vezes sentia vontade de procurar. Mas engraçado, que até o número dele ela perdeu. Ela esquecia pequenas coisas, perdeu até a identidade. Perdeu a si mesma e encontrou-se numa outra pessoa.
Ela era mais sábia, esperta e se colocava em primeiro lugar. Ela dizia quantos "nãos" fossem necessários para seguir em frente.
Lá estava ele intacto, sem envolvimento nenhum, seguindo em frente como se nada tivesse acontecido. Lá estava ela, catando os pedaços que restou, transformando em rocha, dando oportunidade a outras pessoas, se dando a oportunidade de crescer. As lágrimas transformaram nas madrugadas frias e quentes, a música foi a única salvação encontrada para suprir a ausência.
A ausência de quem sempre foi ausente e nunca foi presente. Ele foi um passageiro que ela colocou como piloto da própria vida e decepcionou nessa viagem chamada paixão.
Engraçado, que ela sentia como se nada tivesse ocorrido, e sentia como se ele, apesar de ser igual a ela, não tivesse nada a ver com ela.
Tudo foi como um jogo idiota. Ela perdeu na própria sombra, apesar da luz está lá na sua cara e a cegueira tampar tudo.
Ele se foi. Ela se fez luz. Ela se refez autentica. Ela se refez por si mesma.


Deixe um comentário