A multidão obliterava rostos apressados e alinhados naquela rotina enfadonha. A multidão escondia estar ladeada de todos, entretanto, a solidão prevalecia. O estar só era a melhor rotina, a melhor multidão para se encontrar e mudar o enfadonha.
Enfadonha, melancolia, escolhas erradas e repetidamente erradas. Um pequeno estalo e tudo desmoronou como o castelo de areias construído num encontro com o mar. A redoma de vidro estava quebrada, e os pedaços ali jogados e lançados não conseguiam se emendar. Cacofonia era tudo que via, o estado de sombras que se afogavam numa água profunda e que os olhos não conseguiam despertar. Os olhos somente sentiam, perdiam-se na distancia do pensamento que não se fazia presente. A chuva, sol, frio e calor nunca foram tão amigos e tão colorido como agora, bem como o corpo reagia a mudanças significativas. As mudanças que apuravam com maior carinho, amor, compreensão, gratidão e perdão, bem como grandiosa paciência para consigo.
Mãos que estendiam para frente como obtendo ajuda, mas apenas passavam na passagem do tempo.
O tempo perdido, nunca fez tanto sentido como agora. O agora, permanecia na sensação de domínio de si e controle da ansiedade. Nada de impulsão, tudo de caso pensado e aos poucos emergindo o novo eu. O caos traz mudanças. O caos instalado trazia mudanças.
Músicas antigas e novas eram bem vindas ao ouvir, bem como a terapia de entreouvir a melodia e escrever para não fugir.
Fugas para não encarar a realidade, saudade do tempo que não existiu e foi criado na memória como grito de fuga da dor. Tudo ao seu momento, sem expectativas, observando a verdade dos atos e saber diferenciar sentimentos.
Alone nunca foi tão bem vindo. Alone em busca do autoconhecimento e equilibrar suas emoções.
Alone, porque antes só do que mal acompanhada. Alone, pelo amor próprio e almejar o que é melhor para si. Alone, para entender a si e esquecer do que os outros pensam. Alone, para viver na liberdade dos atos e escolhas , sem amarras.
Alone, no fim das contas, é ser feliz.


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