Marina corria contra o vento; despedaçada dos pés a cabeça ela corria. Sacolejada em descalço pés Marina erguia os braços para o infinito. Ela farejava a liberdade. Os olhos fecharam. E num rodopio louco ela parou a sorrir. Marina era eterna e unica. E de eternidade ela vivia a liberdade. A meia e louca liberdade. Essa era Marina; fios longos e arrepiados ao alento, suspiros adocicados de amor e vestido branco a respirar a paz.
Um estrada. Pés descalços. Calcário fumegante. Marina, único ser vivente, enveredava em plena estrada. Sozinha. Ela sorria. De sorrir como um anjo etéreo. Marina o pontinho preto em meio a imensidão da floresta. Marina livre. Marina jubilosa. Marina voava no infinito dos próprios olhos.
E o uivo do vento zumbia aconchegado no seu coração.


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