Sabe aquele momento que parecia impossível não viver sem? Ou ainda achar que ia dar certo determinada situação?
        As expectativas cegam os olhos comprometidos. O comprometimento de esquecer os defeitos. No entanto, não deu certo.
    E, aí?
    Bola para frente. A vida é assim mesmo. A frente garante coisas melhores. As melhores sem as expectativas. A expectativa de acontecer sem você notar.
    Ela sentia atração por ele. A atração de expectativas. A expectativa de vingar a ambos.
    Cega. Apaixonada.
   No entanto, um dia, ele inventou a bela desculpinha. Nisso, ela se retraiu e magoou-se profundamente. O profundo de se contorcer de dor profunda. O torpor da dor física. A física de se forçar a sair com os amigos e a olhar para si. A física do nariz vermelho e irritabilidade fácil.
  E para sair dessa?
  Ela o associou, a exata  desculpinha esfarrada. Desde então, seguiu a bela vida, até o momento que ele reapareceu.
O reaparecer do cinismo " estou com saudades". Ela da saudade livrou-se da magoa e sentiu pena do coitado. Afinal, ela, mesmo gostando dele, pelo bem da racionalidade e eventos, estava promovendo o seu presente.
Descarte o passado!
Ufa!


             Os dias passam intocáveis. O intocável de não sentir. Ela não sentia nada. Mecanicamente estudava o farto da exaustão. Falta maior dedicação na segunda unidade. A unidade de menos neura. Xó neura, xó dietas loucas. Livre e dona de si novamente. O espelho não dava ares de repulsão.
            Quanto tempo deixou de olhar o sorriso? O corpo? O cabelo?
               O deixar para trás as ruinas da auto-estima.
               Cobrança. Força. Frieza.
               O frio embebia a derme e o coração. O coração mais real. O real de pés no chão.
               Esqueça paixões fúteis. O olhar recobria a si. Ela estava solteira.
               O tempo de solteira de entender a si própria. Dane-se o quê os outros pensam. O pensar causava dependência. Sobretudo, dependência da prisão.
                Ela há muito que saiu da clínica de reabilitação. A reabilitação da força de vontade para retornar a si novamente.


  Viu novo clipe "Judas" de Lady Gaga. Dormiu. Estudou. Dormiu de novo. Comeu. Mais tarde comeu. Aí, usou o computador. Ouviu música e foi dormir de novo. Eita de novo para gripe danada!
   O dormir de administrar tempo. Aproveitá-lo.
    O quê está esperando para jogar tudo para o alto e fazer o plano B?
    


                 Futilidades. Imagens que enganam. Pessoas que criticam e debatem sobre ela. Quem melhor do quê eles para saber dela? Sentimentos no lixo. O lixo da mídia em trazer a magreza como a fonte da beleza. A beleza. O patinho feio da adolescência. A adolescência que cresce e aceita o espelho como é. O é de ser como é e ponto. Coragem e luta. O que há de errado com ela? Negação!
               Negação. Fugas das mentiras. Não vou comer. Não sinto fome. Aquilo engorda. Aquilo emagrece. Olhar que mente. Espelho traidor e sardônico. O espelho das pessoas próximas que desafiam a magreza. Falta de prazer pela comida. Desespero e vontade de regurgitar. Beber litros de água. Estou bem!
            Não está. Tontura fora dos limites. Sono excessivo e laxantes abusivos. Aonde essa garota vai parar?
             Choro e finalmente o cair em si. O si de lutar para uma última colher. A colher do vilão. Vilão compreensivo da comida que daria nutrientes ao corpo e gordura na cabeça.
              Tolerância.
               Ela batalhava diariamente no silêncio do não debater contra os outros. Medo. O batalhar insípido para enfrentar o perigo maior. O maior de relacionar duradouro com os caras. Os caras não eram nada. Havia inimigo maior. O maior da balança. A balança do prato cheio. O quê comer hoje?
              Psicologos e familiares na preocupação. Ela se encontrava nos livros e na escrita. O se entregar para fitar o guarfo e o espelho do corpo. Sequioso.
               Tolerância.